A primeira ata e a missão em prol de Torres: A origem da SAPT 4791d

Foi no salão do Hotel Picoral, às nove horas da noite de 05 de fevereiro de 1936, que a história da SAPT iniciou. 3c4u41

As Barracas da SAPT sobreviveram até o final da década de 1980
29 de maio de 2025

Tentar decifrar a letra manuscrita, já um tanto apagada, da “Acta da Sessão Constituinte da Sociedade dos Amigos da Praia de Torres”, datada de 05 de fevereiro de 1936, é como abrir uma janela para o ado e resgatar a memória de pessoas e ideias que escreveram páginas na história de Torres.

Foi no salão do Hotel Picoral, às nove horas da noite que a história da SAPT iniciou. Atendendo à convocação do Dr. Ennio Marsiaj, um grupo de homens veranistas e influentes no Rio Grande do Sul se reuniu com um objetivo claro: formalizar uma sociedade que representasse os interesses da comunidade e promovesse melhorias para a cidade, zelando pelo bem-estar, segurança e conforto da população. Para presidir aquela sessão histórica, foi convidado o desembargador Antônio Vieira Pires, e entre os presentes destacava-se o então prefeito de Torres, Moyses Camilo de Farias.

FOTO – Ata da Sessão Constituinte da SAPT

 

Lendo esta ata, percebe-se a intenção desse grupo: planejar e articular melhorias para Torres. Naquela primeira reunião, que durou pouco mais de uma hora, decidiu-se agendar um novo encontro para dois dias depois, pela manhã. As ideias da reunião devem ter tomado os pensamentos desse grupo e a partir de então começaram a surgir ideias, sugestões, a se formar comissões responsáveis pela redação do estatuto e pela negociação de parcerias com o poder público.

No dia 7 de fevereiro de 1936, a segunda reunião foi ainda mais produtiva e extensa. Ali, muitos assuntos relevantes foram levantados. Cada participante contribuiu com aquilo que conhecia e julgava importante: os advogados se atentavam às questões legais da sociedade, os médicos pensavam na salubridade daquele município em formação, enquanto os empreendedores vislumbravam o potencial turístico e econômico da bela praia de Torres. Era evidente o clima de inovação, entusiasmo e desenvolvimento que tomava conta do ambiente.

 

 

O clube e as melhorias em prol da cidade

Foi a partir dessas reuniões, desse espírito coletivo e visionário, que se iniciou a trajetória da Sociedade dos Amigos da Praia de Torres – SAPT, uma instituição que, ao longo das décadas, teria participação direta ou indireta em muitas das melhorias e conquistas da cidade, dos frequentadores e moradores.

Para citar apenas algumas dessas contribuições, destacamos: o fornecimento de água potável, abertura de estradas de o, instalação do posto de salvamento, assistência médica gratuita em tempos sem serviços de saúde locais e, mais tarde, o incentivo à construção do hospital, energia elétrica, ações sociais, calçamento de ruas, construção de praças, intermediação para fixação dos molhes, apoio a escolas, hotéis, bancos e supermercados — tudo isso será contado em capítulos especiais ao longo deste projeto.

E para que registros tão importantes como a Ata da Sessão Constituinte de 1936 e tantos outros documentos e memórias não se perdessem no tempo, a SAPT encontrou, décadas depois, uma forma de eternizar essa história. Na comemoração dos 60 anos da SAPT, nasceu o Museu Três Torres – SAPT, concretizado em meio aos trabalhos do diretor, Nestor Cazzetta e idealizado com carinho por sua esposa, Henriqueta Cazzetta.

Foi graças a essa iniciativa que registros como o da primeira ata, fotografias, documentos oficiais, recortes de jornais, boletins informativos e relatos de associados foram preservados. Esse acervo se tornou não apenas um guardião da história da SAPT, mas também da memória de Torres e das transformações que a cidade viveu ao longo das décadas.

É justamente dessas fontes, documentos, fotos, entrevistas e lembranças, que nasce o nosso projeto “Histórias que a SAPT Guarda”. Um convite para que você conheça, capítulo a capítulo, os fatos, curiosidades e bastidores de momentos decisivos em que a SAPT atuou, seja como protagonista ou nos bastidores, colaborando para o crescimento e bem-estar de Torres.

Afinal, preservar a memória é também cuidar do presente e inspirar o futuro.


Publicado em: Cultura






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