Participou da Tribuna Popular da sessão da Câmara de Vereadores de Torres de segunda-feira (12 de maio), o Secretário de Obras do governo municipal torrense, Dilson Boaventura. Ele foi lá atendendo pedido formal do vereador Zé Milanez (PL), que pediu explicações acerca do trabalho realizado pela pasta em Torres nestes primeiros meses de governo.
O secretário foi reeleito vereador no ano ado, embora tenha sido requisitado pelo MDB para fazer parte do governo eleito – por isso sendo substituído pelo segundo suplente na eleição (Cláudio Rocha). E por isso iniciou seu pronunciamento afirmando que “sabe bem a pressão que os vereadores recebem da população, pedindo explicações aos gabinetes dos candidatos” que votaram sobre providencias executivas, mesmo antes de fazer pedidos aos departamentos que são responsáveis pelos trabalhos (como o de Dilson, na secretaria de Obras). E por isso concorda que os seus ex-companheiros de Câmara peçam explicações aos secretários, como fez o vereador Milanez e outros colegas sobre os projetos do departamento, como ele fazia quando vereador.
Falta de máquinas e de pessoas
A seguir Boaventura compartilhou no microfone sua dificuldade em atender aos pedidos dos vereadores, informando sobre falta de equipamentos que “estragam e interrompem os trabalhos”, o que para ele tem sido parte do dia a dia da secretaria. Mas destacou que tem trabalhado das 4 horas da manhã até o final do expediente, diariamente, incluindo os finais de semana, como forma de mitigar os atrasos dos cronogramas dos programas de manutenção e obras da pasta. Mas Dilson também disse que, conforme a ouvidoria da prefeitura tem informado (sobre reclamações dos moradores), não tem havido muitas chamadas durante os feriadões (uma das reclamações), pelo menos não por este canal de informação.
O secretário diz ter, em seu plano de trabalho, a ideia de atender inclusive as antigas demandas de bairros torrenses, mas repetiu mais uma vez que ainda não havia conquistado “alcance” de maquinário e de pessoas para avançar mais rápido nos trabalhos solicitados, lembrando, no entanto, que não abandona os cronogramas e tem avançado em tudo, mesmo sem a velocidade desejada.
Solicitação de recursos por vereadores é o pedido
Finalmente, Dilson pediu para os vereadores irem pessoalmente ao seu gabinete para solicitar demandas, de preferência para visitar junto a ele os locais que fazem parte das solicitações de reparos ou melhorias. Isto para que, segundo ele, haja uma resposta mais focada de trabalho e uma contextualização das situações atendidas pela pasta de Obras (bem como suas causas) por parte dos legislativo torrense. E solicitou que todos os vereadores coloquem, em suas metas de trabalho, conseguir emendas parlamentares e inclusão de Torres em programas do governo federal e estadual, para que a pasta possa ter mais recursos (e alcance) para a compra de máquinas novas, para reparar as atuais e ter recursos para a execução de trabalhos em geral.
No espaço de perguntas, o vereador Zé Milanez indagou sobre algumas demandas pontuais ao secretário participante da tribuna. Por exemplo, sobre a Rótula do Balão (na área central) e a organização do trânsito por lá (a organização do trânsito faz parte dos trabalhos da secretaria de Dilson). A resposta foi a de que o governo já tem convicção que mudanças devem ser implementadas na obra, entregue no final do governo ado. E informou que o secretário de Planejamento, Guilherme Biasi, já está providenciando um projeto urbanístico para resolver as reclamações da população acerca da falta de segurança e conforto para motoristas e pedestres no local. É que, conforme o secretário, a obra ainda não foi terminada oficialmente pela empreiteira contratada, o que atrasou (e ainda atrasa) a decisão da municipalidade de Torres em agir.
Sobre os problemas de qualidade e coerência das obras da Corsan na cidade, um problema antigo e que o vereador Milanez mais uma vez trouxe à tona, o secretário concordou com o posicionamento e, inclusive, disse: “eles (Corsan) estão estragando nossa cidade, deixando o trabalho sempre mal feito, ou alto demais ou baixo demais (acerca dos bueiros e reparos no asfalto)”.
Os vereadores Rogerinho Evaldt e Moisés Trisch também fizerem intervenções mais pontuais, solicitando providência sobre a demora para a pintura das faixas de segurança (Rogerinho) em Torres e sobre o estado que o antigo governo deixou os equipamentos da secretaria (Moisés).
